28.4.09

Medo e Delírio em Las Vegas - Hunter S. Thompson


Por indicação e insistência da baitola do Dias, um amigo meu ae, eu resolvi gastar 50 conto nesse livro, e caralho, nada melhor que estar satisfeito por ter pago isso por essa obra-prima.


Um jornalista norte-americano e seu advogado "samoano" embarcam num Chevy vermelho conversível, com a missão de cobrir uma corrida de motocicletas em Las Vegas. Para enfrentar essa laboriosa tarefa, enchem o porta-malas do carro alugado com um estoque interminável de drogas e saem dirigindo pelo deserto de Nevada, partindo em alta velocidade de Los Angeles.
Raoul Duke, o "doutor em jornalismo" protagonista de "Medo e Delírio em Las Vegas", é o pseudônimo do autor Hunter Thompson. Jornalista e escritor, Thompson criou um gênero para si, o jornalismo gonzo - batizado pelo amigo Bill Cardoso, depois de ler o texto "O Kentucky Derby é Decadente e Depravado" (publicado no Brasil dentro do livro A Grande Caçada aos Tubarões). Influenciado pela idéia de William Faulkner de que "a melhor ficção é muito mais verdadeira que qualquer tipo de jornalismo", Thompson produziu um estilo único, aliando reportagem, narração em primeira pessoa, viagens alucinógenas e um bom punhado de ficção.
- SINOPSE DO LIVRO.


Com isso que eu postei ae em cima já da pra ter um idéia do que esperar dessa história. Agora me resumo a fazer meu comentário[ seja ele bom ou uma bosta, hehe] sobre o que achei.

O livro começa se descaralhando já, nas primeiras linhas Thompson já nos conta que está sob o efeito de drogas alucinatórias e durante todo o resto do livro ele também vai estar sobre o efeito delas. De ínicio parece uma informação que pode deixar a impressão de que o livro vai ser repetitivo e forçado o tempo todo, mas isso está longe de acontecer. O cara narra sua história no tempo certo. Existem longos e complicados trechos que são descritos de forma rápida, realista, absurda e critica, e isso faz com que nós nos agarre aos relatos, de forma emocinal, demostrando uma admiração banal, pelas ações banais que eles necessitavam realizar.


É interessante a forma com que Thompson demonstra sua frustração a Las Vegas, aonde supostamente um dos últimos resquícios do dito sonho americano residia, e por causa disso ele passa a ficar com medo das situações que passam a sair do controle dele e do advogado, tipo de coisa que parece não acontecer quando eles estão em outros lugares. Talvez Las Vegas seja um lugar a parte nos EUA, aonde as drogas, os crimes mais fortes, não fossem levados tão sério, e as pequenas infrações sim, apenas para manter uma aparência de bom lugar...embora todo mundo saiba que há máfia por lá e tal, hahahahahaha...mas digo isso em relação ao sonho americano, a sensação de liberdade espontânea, a vontade de quebrar as regras, afinal tudo o que é proibido é mais gostoso [ caralho que bosta]. Logo isso parece justificar a sensação de medo e estranhamento que Thompson expressa em partes do livro. OU TALVEZ FOSSE SÓ A PARANÓIA DAS DROGAS MESMO PORRA...não sei dizer direito.


Sobre o tal Jornalismo Gonzo, eu não tenho um ideia certo do que ele é, vou esperar eu ler mais outros livros do Thompson para comentar um dia por aqui.


Ah, tbm vale ressaltar o bom gosto musical [ Stones e Bob Dylan principalmente, já que o livro é dedicado a uma obrad do segundo] e o estilo foda de Hunter S. Thompson.


Só sei que o livro nos prende e nos faz admira-lo, pela forma que dá vontade de se meter naquele mundo cheio de alucinação, paranóia, medo e delírio. Uma obra-prima da literatura, sensacional, sensacional...top 10 esse livro ae.




ps: vi filme assim que acabei o livro e vai da pra fazer uma relação legal dos dois, que provavelmente devo postar essa semana.

23.4.09

Four Flies on Grey Velvet - Dario Argento


Tá na hora eu deu falar de um filme do cara que eu considero o meu maior ídolo, Dario Argento. Nada melhor do que descrever um pouco minha experiência de rever um filme do mestre, que quando visto pelo primeira vez, não conseguiu tanto a minha admiração como conseguiu nessa revisão. Um dos problemas foram o estado deploravel do release (imagem ruim pra caralho e som pior ainda, ainda havia a falta de legenda pro audio em italiano), então, prejudicou bastante, mas também eu deixer de dar a atenção exata ao filme.

Agora na revisão, PQP, que coisa genial o Argento fez em Four Flies on Grey Velvet [ 1971]. Fácil, facil, é o melhor da conhecida Trilogia dos Animas [ The Bird with the Crystal Plumage, The Cat O'Nine Tails e este], e o porque, está logo abaixo:





















O filme também marca uma fase de transição de Argento, a uma nova atmosfera que estará presente em seus próximos filmes, Profondo Rosso, Suspiria, Inferno e Tenebrae, depois disso, ele entrará em uma nova fase de sua carreira, mas isso é assunto pra outros e muitos outros posts. Nessa transição, fica claro que o roteiro começa a passar para o segundo plano, para dar lugar a valorização maxima da imagem, e que está disposto a criar um filmes diferentes de tudo o que se havia no terror italiano até então, não é por menos que Four Flies on Grey Velvet foi o que menos arrecadou dinheiro dos filmes da trilogia.
Vale ressaltar a colaboração de Morricone/Argento, que depois desse filme foi terminada por motivos divergências de opiniões, mas eles voltaram a trabalhar juntos em 96. A trilha pra mim é a melhor da trilogia, e concordo com umas palavras do Argento, aonde ele diz que a música de Morricone representa perfeitamente o medo de uma vítima. Logo, menos que sensacional não poderia ser, hahahahahahah.
ps: Uma curiosidade é que até esse ano Argento lutava pelo direito de ter seu filme de volta, este ficou sem ser exibido desde que foi lançado nos cinemas, um periodo de mais de 35 anos. Porém, esse ano Dario ganhou o processo e o filme foi restaurado e lançado em dvd.

A Hora do Rango aka Waiting...

Vi isso ae, que de primeira olhada parecer ser uma bosta monumental, mas cara, nem é. Tem os defeitos de sempre que o ocorre na maioria dos novos filmes americanos, como uma lição de moral babaca e umas tosquices da parte técnica, como aceleração de imagens. Fora isso, o filme é engraçado pra caralho, sério, impossivel não rir com essa porra, porque, ele possuem elementos de apelação, que no geral cairam muito bem, sem parecer forçado naquele mundo dos bastidores de um restaurante. Além disso, ainda temos a gostosa da Anna Farris!





22.4.09

hot kiss.coldsweet .last chance.SLAM DANCE


É, fazia tempo que eu tava sem coçar o saco, tava trabalhando e estudando. Mentirada, tava fazendo umas coisas ae nada demais, só parei por preguiça mesmo.

Vi uma pica de filmes nesse tempo que fiquei sem escrever, então com o tempo talvez eu venha escrever sobre eles. De qlq forma, vou escrever sobre essa beleza dos genial, e subestimado, cinema americano dos anos 80.

Slam Dance é sensacional. Tem um ótimos atores, coisa que eu não suo mto de ligar, porque dele elenco mesmo, só faço ressaltar as gostosas. Nesse filme, tem Tom Hulce, que depois de Amadeus foi esquecido, as belas Virginia Madsen e Mary Elizabeth Mastrantonio e o clássico subestimado coadjuvante, Harry Dean Stanton. Isso só torna a produção mais interessante.

Porém o que mais me chamou a atenção foi a direção do Wayne Wang, que eu nem sabia que existia, hahahahahahahahha. Que começa simples e um tanto até chata, mas depois de 40 minutos de filme, ela toma um caminho diferente, um caminho um tanto Hitchcockiano, tornando o filme discreto, sufocante e belo, mantendo assim até o ínicio do fim do filme, que se torna vermelho e cheio de angulos fodas com a câmera, utilizando espelhos e uma música frenética, sem em nenhum momento parecer forçado, e com isso, o filme me chamou bastante a atenção. Apesar de se perceber influências claras de Hitchcock e DePalma, Wang mostra que tem caracteristicas próprias e pode influênciar outros.