GMV.: Se eu pude inspirar um pouquinho de vida nova nele,
isso significa que eu estou vivo.
Todo nós em Puerta del Fuego somos fantasmas do passado. Caçadores
de búfalos onde não há mais búfalos vaqueiros onde não há vacas, prospetores
onde não há ouro.A escória da velha e romântica fronteira, que é incapaz de
aceitar a vinda do telégrafo,das ferrovias ou a realidade, no que importa.
GMV.: Bem, eu nunca vi ninguém mais real, feliz, vivo e
livre que esses homens.
....
Mais uma história do
western spaghetti, nesta de Sergio Sollima, temos um homem morto nas imagens
acima...que nasceu sem vida num meio de pessoas cinzentas da cidade de Boston,
aonde supomos que uma ideia liberdade vem do que se pensa e não do que faz e
sente, que nós conheceremos no mundo do filme. O personagem de Gian Marie
Volanté, descobre em Beau / Tomas Milian , um selvagem, um modelo, um herói,
que provavelmente tirou de seus milhares de livros, assim como nós tiramos de
grandes filmes. A sua vida já é perdida mas Beau possibilita esse novo mundo a
Brett, uma fantasia que dura momentos, minutos. Mas o que acontece, já sabemos,
Brett inspira, vive, mas não é Beau, já que este é um homem que nós conhecemos
de longe. A imagens acima mostram o fim do delírio de Brett, temos duas
imensidões, o céu e o deserto, dois homens do oeste, já não há espaço para
Brett nessa fantasia que está chegando ao fim, ele anda..nos fala de seus
planos, e desaparece entre a linha das duas imensidões. Já Beau, que está em
cena, termina mais uma história do cinema para nós. Mais uma vez o guerreiro do
cinema arranja um jeito de desaparecer, sendo filme de 67. Porém, o guerreiro
tornou em outras grandes histórias, grandes filmes.