16.7.09

Louis Malle / Le Souffle au Coeur












É coisa de louco como o Malle trata temas complicado com grande sensibilidade tornando-os ternos, compreensíveis e verdadeiros. Sempre achei isso mas as vezes não soube me expressar direito mas acho que agora foi.
Não vi mais que 10 filmes dele, mas em todos pude assistir essa característica estava presente, acho que vou dizer que é uma peça chave e a principal qualidade desse gênio. Tem gente que não concorda com isso que eu digo, foda-se, depois de ver Le Souflle au Coeur eu vou achar que estou certo para sempre ahahahahahaha.


Malle nos trás a historia de um adolescente que esta aprendendo a viver e esbarra pelas merdas dessa fase e tem sempre como apoio a sua mãe. Depois de ir a uns puteiros e festas, ele contrai uma doença e tem como conseqüência um sopro no coração. Assim ele viaja com sua mãe para uma clinica-hotel para se tratar e assim tem-se o ápice da relação entre mãe e filho.
Têm várias passagens no filme as quais eu tive vontade de comentar, mas sou um preguiçoso filho da puta e vou deixar elas de lado em prol das que mais me deixaram desnorteado, as cenas em que mãe e filho estão juntos.

As cenas em que Laurent e Clara estão presente, Malle bota em evidência as "bizarrices" de qualquer relação maternal com um filho homem, onde este sempre está com sentimentos para com sua mãe como para a mulher que ele sinta desejo e tenha grande afeto. Porém tudo isso se torna mais intenso quando Laurent e Clara começam a demonstrar que as decepções de suas vidas e o modo a qual foram criados para esta, logo esse sentimento mutuo faz com que eles cheguem ao limite passem a precisar da ajuda um ao outro sem saberem e eles não sabem disso. Eles possuem uma ligação mais forte do que nunca e fazem eles iniciarem uma relação comum na vida, ha de um homem e uma mulher sem parentesco, só atração. Tudo é mostrado normalmente, a amizade crescendo entre eles, tornando-se amigos e até criando um certo clima.
E no fim das contas eles entendem que precisam um do outro e comportam-se como alguém que precisa de um carinho a mais, de alguém que nunca mais irá te abandonar ou deixara de te amar, e nada melhor que o exemplo de uma mãe e seus filhos para se ter esse carinho. Assim eles tem a noite de amor e comportam-se normalmente, guardando o acontecimento como um momento eterno de carinho e cumplicidade entre duas pessoas que se amam, sem maldade nenhuma.

Depois disso, mostra como os dois conseguiram encarar a merdas que prendiam eles, e seguir em frente. O ultimo screen (esse ae debaixo) representou um pouco disso para mim, ele mostra Laurent que chegou do quarto de uma garota do hotel e Clara que um pouco antes do screen parece voltar a paz com o marido, com um pequeno gesto de carinho que eu não me lembro qual. A família volta a se reunir de forma harmoniosa, coisa que não faziam a tempos por causa dos problemas que os principais integrantes estavam sofrendo.





ps: Lea Massari é musa.

14.7.09

Abel Ferrara / The Blackout

Amigo meu disse que The Blackout seria quase um Vertigo, pra mim esse foi um dos comentarios mais estranhos que eu ja tinha lido sobre esse filme. Mas ele cai quase que perfeito pro filme, que também é carregado de frieza, pensimismo, um "Q" de esperança para a salvação e o OBVEEO, obsessão por alguém que "morreu".

O filme também lembra um pouco um filme do próprio Ferrara, Bad Lieutenant. Falo isso pelo constante uso de droga mas também como mostra a degradação do protagonista e isso me faz pensar como é fantastica a mutação que os filmes do Ferrara passam a ter com o tempo. Acho que depois de Bad Lieutenant ela se torna mais intensa e passam a dar uma nova cara ao diretor, seria uma nova fase ou um amadurecimento ou uma vontade de nova de experimentar depois de tomar uns acidos ou adentrar o mundo humilde aonde o video seria o futuro, seila, é o que me parece. Contudo da pra ver que o marcas do velho Ferrara ainda estão presentes, por exemplo, a religião me parece ser a maior de todas. De qualquer jeito não vi nada do Ferrara depois de New Rose Hotel, mas me parece que o cara talvez tenha, sei lá, tomando novamente uma linha mais linear para construir seus filme, só vendo mesmo pra eu ter uma opinião.

No fim das contas não tenho muito para dizer sobre o que vi no filme, é algo meio dificil de comentar e acho que a comparação com Vertigo já da uma boa ideia do que vem por ae.
É top 5 Ferrara.